segunda-feira, 13 de julho de 2009

Para Gerson

Um dia, um certo amigo me disse que o amor é calmaria, de primeira custei a acreditar, tentei primeiro entender o que seria essa calmaria. Tentei achar a calmaria naquela fusão de pensamentos que voam tão rápido em minha cabeça e tantos ao mesmo tempo em uma fração de segundos apenas ao olhar a tal pessoa amada, e não pude encontrar tal calmaria. Pensei então em ligar a calmaria tão esperada a um abraço cheio de paixão e diversos sentimentos, claro, não ligaria ao beijo, nem de longe seria ali a calmaria, com tantos toques e desejos ali contidos. Bem, voltemos ao abraço, sim, um abraço, algo tão confortante, tão calmo, é ali, certo? Errado, não há nada de calmo em um abraço entre dois apaixonados, dois amantes, as batidas aceleradas que pode ser sentida por cima das roupas que escondem aquele coração extremamente assustado com tantas coisas sentidas ao mesmo tempo. Eu estava quase decidida a acreditar que essa calmaria não existia no amor, até que me veio a cabeça, o primeiro encontro de dois apaixonados, sim, ali mesmo está toda a calmaria que um amor precisa. Tens duvidas? Bem, eu explico, imagine você dois corpos em meio a multidão, trocam apenas um olhar, e puff, pra onde foi a multidão? Se escondeu diante de tanta luz que radiavam desses olhares, sim, veja a calmaria. Eles se aproximam, a respiração esta ofegante, mas mal se pode ouvir, e o coração? Está ali, mas quem se importa com suas batidas aceleradas agora? Olhe para esses olhos, calmaria. Eles se tocam, um aperto de mão, e as mãos tremulas? Hm, quem se importa, sinta o calor que elas tem, a forma como se encaixam perfeitamente como se fossem feitas uma para a outra, e ali só há eles dois, calmaria. Sim, o amor é calmaria, não a calmaria que eu esperava, mas é amor né? O que eu podia esperar? Nada mais que... CALMARIA. Obrigada amigo.

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